Bondade, empatia e amor, são algumas de suas características.
Um carnaubal de empatia
“karana’iwa” , do tupi, a árvore que arranha
Os donos dessas terras a tempos atrás,
uma terrível seca tiveram que enfrentar,
ela causava a morte de plantas e animais.
Rezas e danças a tupã estavam a ofertar,
mas o sol quente ficava cada vez mais.
Até os fortes, não estavam a resistir,
uma família para não ter o mesmo fim,
daquelas terras tiveram então que partir,
comendo raízes quem nem eram aipim.
Por dias andaram na caatinga sem parar,
sem aguentar, resolveram descansar,
o indiozinho vendo seus pais a definhar,
De coração pediu ao criador para auxiliar,
Do alto da palmeira uma vozinha escutou
E uma pequena índia, lá em cima avistou.
Curumim, para te acudir agora aqui estou
Meu povo como o seu muita fome passou
procurando comida na mata vim a findar
Jaci, compadecida, estava tudo observar
e nessa planta resolveu me transformar.
para salvar os que estão a me encontrar
Por isso atenção no que vou lhes falar!
Fazendo o que digo com certeza viverás.
comas meus frutos que fome não sentirás.
A seiva do meu tronco, sua sede matarás,
As minhas folhas secas, cera soltaras
e as noites escuras, acessa iluminarás.
O chá das raízes serve para as feridas fechar.
Chapéu, cesta e esteira com a palha tecerás.
Só peço: meus coquinhos não deixes de plantar,
E terás outras como eu e sua cabana construirás.
Enfim…
Leve-me para outras tribos, para outros amparar.
O indiozinho seguiu toda aquela orientação,
e viu crescer um grande carnaubal no sertão.
a palmeira, amavelmente cumpri sua missão.
Exercendo a empatia com um olhar de afeição.
Que nesse exemplo possamos então nos espelhar,
Pois quando o indivíduo tenta o próximo ajudar,
sentimentos fantásticos estão o seu peito inundar
de utilidade e pertencimento são alguns a citar,
o bem é multiplicado e o mundo mais feliz a de ficar.
Cristiane Ferreira Arrais
Carnaubal em Antonina do Norte- CE |
Comentários
Postar um comentário