9. A Lenda da Árvore de Natal
A Lenha diz, que quando o Menino Jesus nasceu, todas as pessoas e animais e até as
árvores sentiram uma imensa alegria.
Do lado de fora do estábulo onde o Menino dormia, estavam três árvores: uma palmeira, uma oliveira,e um pequeno pinheirinho.
Todos os dias as pessoas passavam e deixavam presentes ao Menino.
- Nós também Lhe devíamos dar prendas! - disseram as árvores.
- Eu vou dar-lhe a minha folha mais larga - disse a palmeira - quando vier o tempo do calor ele pode abanar-se com ela e sentir-se mais fresco.
Então disse a oliveira :
- E eu vou dar-lhe óleo.Perfumados óleos poderão ser feitos a partir do
meu sangue.
- Mas que lhe poderei dar eu?
- Perguntou ansioso o pequeno pinheiro.
- Tu? Os teus ramos são agudos e picam - disseram as outras duas árvores .-Tu não tens nada para lhe dar !
O pequeno pinheiro estava triste.Pensou muito,muito,em qualquer coisa
que pudesse oferecer ao Menino que dormia,qualquer coisa de que o
Menino pudesse gostar.
Mas não tinha nada para lhe dar.
Então um anjo, que tinha ouvido a conversa toda , sentiu pena da arvorezinha que não tinha nada para dar ao Menino.
As estrelas estavam a brilhar no céu .Então o anjo, muito de mansinho, trouxe-as uma a uma cá para baixo, desde a mais pequeina à mais brilhante e colocou - as nos ramos pontiabgudos do pinheiro. Dentro do estábulo, o Menino acordou . E olhou para as três árvores do lago de lá da gruta , contra a escuridão do céu.De repente as folhas escuras do pinheiro brilharam, resplandecentes, porque nelas as estrelas descansavam como se fossem elas.
Que lindo estava o pequeno pinheiro, que não tinha nada a oferecer ao
Menino...
E o Menino Jesus levantou as mãozinhas, tal como fazem os bebés, e sorriu para as estrelas e para aquela árvore que lhe iluminara a escuridão da noite.
E desde então o pinheiro ficou a ser, para todo o sempre, a Árvore de
Natal.
10. A Lenda da Vela de Natal
10. A Lenda da Vela de Natal
Era
uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um
caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e queria
ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua
casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e
a fome, nunca deixou de acender a sua vela. Veio então uma grande guerra, e
todos os jovens partiram, deixando a cidade ainda mais pobre e triste. As
pessoas do povoado ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que
continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, decidiram imitá-lo
e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acederam uma vela em suas
casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar,
anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às
suas casas!
Todos gritaram: “É um
milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia, acender uma vela
tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de Natal.
11. A Lenda de São Nicolau
Nicolau,
filho de cristãos abastados, nasceu na segunda metade do século III, em Pátara,
uma cidade portuária muito movimentada.
Conta-se que foi desde
muito cedo que Nicolau se mostrou generoso. Uma das histórias mais conhecidas
relata a de um comerciante falido que tinha três filhas e que, perante a sua
precária situação, não tendo dote para casar bem as suas filhas, estava tentado
a prostituí-las. Quando Nicolau soube disso, passou junto da casa do
comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta, que caiu junto
da lareira, perto de umas meias que estavam a secar. Assim, o comerciante pôde
preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Nicolau fez o mesmo para as
outras duas filhas do comerciante, assim que estas atingiram a maturidade.
Quando os pais de
Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar até à Terra Santa. Durante a
viagem, deu-se uma violenta tempestade que acalmou rapidamente assim que
Nicolau começou a rezar (foi por isso que tornou também o padroeiro dos
marinheiros e dos mercadores). Ao voltar de viagem, decidiu ir morar para Myra
(sudoeste da Ásia menor), doando todos os seus bens e vivendo na pobreza.
Quando o bispo de Myra
da altura morreu, os anciões da cidade não sabiam quem nomear para bispo, colocando
a decisão na vontade de Deus. Na noite seguinte, o ancião mais velho sonhou com
Deus que lhe disse que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte,
seria o novo bispo de Myra. Nicolau costumava levantar-se cedo para lá rezar e
foi assim que, sendo o primeiro homem a entrar na igreja naquele dia, se tornou
bispo de Myra.
S. Nicolau faleceu a 6
de Dezembro de 342 (meados do século IV) e os seus restos mortais foram
levados, em 1807, para a cidade de Bari, em Itália. É actualmente um dos santos
mais populares entre os cristãos.
S. Nicolau tornou-se
numa tradição em toda a Europa. É conhecido como figura lendária que distribui
prendas na época do Natal. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada a
6 de Dezembro, com a entrega de presentes. Quando a tradição de S. Nicolau
prevaleceu, apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial
em 1969, ficou associado pelos cristãos ao dia de Natal (25 de Dezembro)
A imagem que temos, hoje
em dia, do Papai Noel é a de um homem velhinho e simpático, de aspecto
gorducho, barba branca e vestido de vermelho, que conduz um trenó puxado por
renas, que esta carregado de prendas e voa, através dos céus, na véspera de
Natal, para distribuir as prendas de natal. O Papai Noel passa por cada uma das
casas de todas as crianças bem comportadas, entrando pela chaminé, e
depositando os presentes nas árvores de Natal ou meias penduradas na lareira.
Esta imagem, tal como hoje a vemos, teve origem num poema de Clement Clark
More, um ministro episcopal, intitulado de “Um relato da visita de S. Nicolau”,
que este escreveu para as suas filhas. Este poema foi publicado por uma senhora
chamada Harriet Butler, que tomou conhecimento do poema através dos filhos de
More e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, publicando-o
no Natal de 1823, sem fazer referência ao seu autor. Só em 1844 é que Clement
C. More reclamou a autoria desse poema.
Hoje em dia, na época do
Natal, é costume as crianças, de vários pontos do mundo, escreverem uma carta
ao S. Nicolau, agora conhecido como Papai Noel, onde registam as suas prendas
preferidas. Nesta época, também se decora a árvore de Natal e se enfeita a casa
com outras decorações natalícias. Também são enviados postais desejando Boas
Festas aos amigos e familiares.
Actualmente, Há quem
atribuía à época de Natal um significado meramente consumista. Outros, vêem o
Papai Noel como o espírito da bondade, da oferta. Os cristãos associam-no à
lenda do antigo santo, representando a generosidade para com o outro.
Festas Felizes!
12. Presépio de Natal
O presépio é uma montagem com peças, que faz
referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo. Com o menino Jesus na
manjedoura ao centro, o presépio apresenta o local e os personagens
bíblicos que estavam presentes neste importante momento cristão.
De acordo com fontes históricas, o primeiro
presépio foi montado por São Francisco de Assis no Natal de 1223. O frade
católico montou o presépio em argila na floresta de Greccio (comuna italiana da
região do Lácio). Sua ideia era montar o presépio para explicar as pessoas mais
simples o significado e como foi o nascimento de Jesus Cristo.
No século XVIII, a tradição de montar o
presépio, dentro das casas das famílias, se popularizou pela Europa e, logo em
seguida, por outras regiões do mundo.
Tradição da montagem do
presépio
É tradição em várias regiões do mundo a
montagem do presépio na época de Natal. Os presépios podem varias em tamanho e
materiais usados. Existem presépios minúsculos e outros em tamanho real. As
peças podem ser feitas de madeira, argila, metal ou outros materiais. O mais
comum, atualmente, é a montagem dentro das casas das famílias cristãs. Porém,
encontramos também presépios em lojas, empresas, praças, escolas e outros
locais públicos.
Peças do presépio (personagens
representados)
- Menino Jesus (filho de Deus e o Salvador)
- Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo)
- José (pai de Jesus Cristo)
- Manjedoura com palhas em um curral (local
onde nasceu Jesus)
- Burro e Boi ou ovelhas (animais do curral,
representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu)
- Anjos (responsáveis por anunciar a chegada
de Jesus)
- Estrela de Belém (orientou os reis Magos
quando Jesus nasceu)
- Pastores (representam a simplicidade das
pessoas do local em que Jesus nasceu)
-Reis magos (Melquior, Baltazar e
Gaspar)
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